Como diria o Senhor Texugo: Esses jovens não se cansam de fazer perguntas, perguntas e mais perguntas. Mas ele gostava de respondê-los, era um verdadeiro prazer, dizia, a energética e agitada companhia das crianças.
As crianças interessantes do bosque sempre o procuravam e muitos acabavam por tomar suas palavras como verdades absolutas, mas ele sempre se orgulhava em dizer que o que aprendera na vida devia em demasia a criança que já foi um dia. Entretanto nunca esqueceria aquele jovem Lobo, que realmente às vezes o cansava, porem seus questionamentos eram intrigantes, pode-se dizer, lembrava o Senhor Texugo:
- Eu não entendo! Tudo deve definir-se, ou como se saberia “o que é”. Estou errado?
Disse o Lobo em buchicho.
- Só se assim você quiser meu jovem! Disse o Senhor Texugo com desdém.
- Como assim?
- As coisas são como queremos que sejam! Não por termos poder para tanto, mas sim pelo “direito” que possuímos de acreditar naquilo que nos convém.
- Um dia, meu jovem, compreenderá que as rochas podem não ser só rochas, é por que assim são chamadas, as coisas, os outros, sujeitam-se as mais diversas definições. No entanto se olhar bem fundo, se conhecer profundamente, se amar realmente, vai querer sempre perto; e assim ‘estará’ sempre por perto. Não seria essa a “definição” para o que seja amar?! E isso muda tudo... Inclusive as “rochas”!
- Acho que compreendo.
- Bom... Aqui diz assim, disse o lobo pegando um velho livro de conceitos – daqueles que eles chamam de dicionário – “Ter amor, afeição, ternura por; querer bem a; Apreciar muito, estimar, gostar de.”
- E penso que isso resolve! Eu sinto isso...
- Mas me responda jovem, Tudo que sente resume-se a isso?
- De certa forma. Disse o Jovem Lobo, com ar de duvida.
- Então, talvez esteja mais do que na hora de você conhecer algumas “rochas”!
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