"Uma boa influência é coisa que não existe... Toda a influência é imoral, imoral sob o ponto de vista científico."

(Oscar Wilde)

Um momento...

terça-feira, 2 de junho de 2009

1 comentários  

Aquele era um momento, um momento sublime... Nada de mais, tudo demais! Todos deram uma forma de se livrar do stress da rotina, trabalho, estudos; coisas necessárias e em excesso. Em ponto de partida: desligar-se um pouco do “mundo”, para poder ligar-se verdadeiramente a ele...

E em minutos a estrada é nossa guia, mesmo tendo um alvo de chegada, a verdade é que ela nos leva, sempre nos levou. Inclino a cabeça para o céu e olho com certo esforço para ele, já que minha visão não é lá essas coisas, observando as estrelas, tão pequenas, visíveis, porem distantes! Acho que não era tão diferente para elas... Exceto pela parte “do visível”. Olhando longe, viajando em milésimos, pensando em nada, com o espírito e corpo fixos, tão próximo, nada distante. São sensações corriqueiras, quando estamos todos juntos, no entanto sensações únicas!

Chegamos. Nos aconchegamos e ali ficamos até que o sono nos levasse pra outro “lugar”. Eram conversas aleatórias, mas bem focadas, gargalhadas sinceras e despreocupadas, exposição de pontos de vista, as divergências e convergências na mutualidade de idéias e pensamentos em palavras compartilhados. Era impossível sentir-se sozinho, era impossível sentir-se desnecessário.

Todos os nossos momentos eram recheados da mais pura "simplicidade", muito embora nenhum de nossos atos possam ser considerados “simplórios”. E quando sabemos disso, mais importante, quando sentimos isso; fazemos uma breve reflexão, e puxamos o extrato da conta de nossas vidas, percebemos que de saldo, temos algo precioso, algo intangível, de certo, e por isso o mais tangível que temos na vida: Tínhamos uns aos outros! E isso bastava...

(ƒrєıтαร dє Góıร)

... sobre CONCEITOS e "ROCHAS"!

0 comentários  

Como diria o Senhor Texugo: Esses jovens não se cansam de fazer perguntas, perguntas e mais perguntas. Mas ele gostava de respondê-los, era um verdadeiro prazer, dizia, a energética e agitada companhia das crianças.

As crianças interessantes do bosque sempre o procuravam e muitos acabavam por tomar suas palavras como verdades absolutas, mas ele sempre se orgulhava em dizer que o que aprendera na vida devia em demasia a criança que já foi um dia. Entretanto nunca esqueceria aquele jovem Lobo, que realmente às vezes o cansava, porem seus questionamentos eram intrigantes, pode-se dizer, lembrava o Senhor Texugo:


- Eu não entendo! Tudo deve definir-se, ou como se saberia “o que é”. Estou errado?

Disse o Lobo em buchicho.


- Só se assim você quiser meu jovem! Disse o Senhor Texugo com desdém.


- Como assim?


- As coisas são como queremos que sejam! Não por termos poder para tanto, mas sim pelo “direito” que possuímos de acreditar naquilo que nos convém.

- Um dia, meu jovem, compreenderá que as rochas podem não ser só rochas, é por que assim são chamadas, as coisas, os outros, sujeitam-se as mais diversas definições. No entanto se olhar bem fundo, se conhecer profundamente, se amar realmente, vai querer sempre perto; e assim ‘estará’ sempre por perto. Não seria essa a “definição” para o que seja amar?! E isso muda tudo... Inclusive as “rochas”!


- Acho que compreendo.

- Bom... Aqui diz assim, disse o lobo pegando um velho livro de conceitos – daqueles que eles chamam de dicionário – “Ter amor, afeição, ternura por; querer bem a; Apreciar muito, estimar, gostar de.”

- E penso que isso resolve! Eu sinto isso...


- Mas me responda jovem, Tudo que sente resume-se a isso?


- De certa forma. Disse o Jovem Lobo, com ar de duvida.


- Então, talvez esteja mais do que na hora de você conhecer algumas “rochas”!


(ƒrєıтαร dє Góıร)