Aquele era um momento, um momento sublime... Nada de mais, tudo demais! Todos deram uma forma de se livrar do stress da rotina, trabalho, estudos; coisas necessárias e em excesso. Em ponto de partida: desligar-se um pouco do “mundo”, para poder ligar-se verdadeiramente a ele...
E em minutos a estrada é nossa guia, mesmo tendo um alvo de chegada, a verdade é que ela nos leva, sempre nos levou. Inclino a cabeça para o céu e olho com certo esforço para ele, já que minha visão não é lá essas coisas, observando as estrelas, tão pequenas, visíveis, porem distantes! Acho que não era tão diferente para elas... Exceto pela parte “do visível”. Olhando longe, viajando em milésimos, pensando em nada, com o espírito e corpo fixos, tão próximo, nada distante. São sensações corriqueiras, quando estamos todos juntos, no entanto sensações únicas!
Chegamos. Nos aconchegamos e ali ficamos até que o sono nos levasse pra outro “lugar”. Eram conversas aleatórias, mas bem focadas, gargalhadas sinceras e despreocupadas, exposição de pontos de vista, as divergências e convergências na mutualidade de idéias e pensamentos em palavras compartilhados. Era impossível sentir-se sozinho, era impossível sentir-se desnecessário.
Todos os nossos momentos eram recheados da mais pura "simplicidade", muito embora nenhum de nossos atos possam ser considerados “simplórios”. E quando sabemos disso, mais importante, quando sentimos isso; fazemos uma breve reflexão, e puxamos o extrato da conta de nossas vidas, percebemos que de saldo, temos algo precioso, algo intangível, de certo, e por isso o mais tangível que temos na vida: Tínhamos uns aos outros! E isso bastava...
(ƒrєıтαร dє Góıร)